domingo, junho 19, 2005

Untitled - Caminhos

Olho para nós,
E um sentimento me assola:
Injustiçadas perante nossas vidas,
Nossas almas perecem;
Um constante sabor de incompletas,
Quando estamos longe um do outro.
Em ti eu vejo o brilho:
Tu, que por forças dos espíritos,
Um dia te cruzarias em meu caminho:
Cruzaste... Embateste em mim...
Abraçámo-nos, enquanto nos desequilibrámos...
Beijámo-nos, enquanto caíamos...
E contra o chão ambos fomos atirados.
Nossos caminhos haviam-se cruzado...
E isso significava que não eram paralelos:
Não correrias teu caminho ao lado de meu,
Pois ambos seguíamos direções afastadas...
Resta-me agora recordar-te;
Sonhar-te...
Sentir-te a queimar em minhas saudades,
E desejar que um dia
Nossos caminhos se cruzem de novo,
Pois se um dia se puderam cruzar...
E o mundo anda à roda...
Então podem-se cruzar outra vez!
Talvez no mesmo sítio...
Ou então noutro lugar...
Mas quando contigo voltar a chocar...
Vou-te apertar;
Não te vou largar;
E contigo,
Vou amar.